O corpo decapitado de um homem encontrado em estado avançado de decomposição às margens do Canal do Sertão, em Delmiro Gouveia, Alagoas, foi identificado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca. O cadáver foi localizado no dia 5 de setembro e, após um minucioso processo de identificação, foi confirmado que pertencia a Carlos de Lima Torres, de 36 anos, natural de Paulo Afonso, na Bahia, e que vivia em situação de rua.
A identificação foi possível graças à técnica de necropapiloscopia, que permite recuperar impressões digitais mesmo em corpos em estado avançado de decomposição. Inicialmente, os papiloscopistas realizaram a recuperação da derme das mãos e coletaram as digitais, confrontando-as com o sistema ABIS de Alagoas, mas sem encontrar correspondências. No dia 9 de setembro, última segunda-feira, familiares de um homem desaparecido em Paulo Afonso procuraram o IML com a suspeita de que o corpo encontrado poderia ser de Carlos Torres.
Com base nas informações fornecidas pelos familiares, os papiloscopistas solicitaram ao Instituto de Identificação da Bahia o prontuário civil de Carlos Torres. Após o recebimento dos dados, foi realizado um exame comparativo, que confirmou a identidade do corpo. Torres, que estava desaparecido, vivia em situação de rua na cidade de Paulo Afonso antes de ser encontrado morto em Delmiro Gouveia.
